F #21 São uns anjinhos - Eu, Daniela♥

#21 São uns anjinhos


Com certeza que já leram e ouviram aquela frase: os amigos são a família que nós escolhemos! Não é apenas uma frase cliché, aplico-a em muitas pessoas na minha vida. Sempre fui o patinho feio, não em termos de beleza, apesar de não me considerar uma beldade, mas porque fui sempre diferente. Desde ser a mais cheinha no meu grupo de amigos, depois quando começaram a aparecer os primeiros sinais da minha doença e isso é notário nas fotos da escola, que eu tenho vergonha de as mostrar, porque nelas há 3 grupos, um das meninas amigas juntas e felizes com a professora, em baixo, sentados, um grupo bem mais pequeno dos meninos, e à parte de todos, apenas eu. Éramos crianças inocentes, relevei, mas não deixa de doer, ainda hoje ao escrever, estou a chorar! Mas, apesar de alguns nunca mais os ter visto, sou amiga de alguns ainda hoje e se vir outros, falamos. E isso para dizer que as aprendizagens vêm de pequenos e é em pequenos que temos de aprender a aceitar o outro como ele é.

Mas isso foi-se agravando conforme o crescimento, pois a minha doença é progressiva. E a culpa é de quem educa, principalmente os mais antigos, não se focavam em educar essa parte, mas mais em preparar para a vida, se é que me faço entender. Também foi assim com alguns membros da família que me viam e ainda vêm como: está numa cadeira de rodas então o cérebro não funciona, como se eu andasse com o cérebro. E isso tornou-me uma pessoa fria, sem auto-estima, dizia tudo o que pensava sem pensar se isso iria magoar, até mesmo passei a amar animais e não humanos, pois os animais respeitam, amam e aceitam-nos de qualquer maneira. Daí não saber expressar-me verbalmente, não tinha ninguém disposto a ouvir-me. Somente um papel e caneta.

Mas já deitei tudo para trás das costas e, já não sou assim. Digo as verdades sim, mas primeiro filtro-as para não despejar tudo como uma bomba e magoar. Como dizia uma formadora, eu era um elefante a saltar de nenúfar em nenúfar. Mas chega de divagar,. este post é para outra coisa. Já falei várias vezes da dr.ª Mónica da Caritas, há alguns anos ela bateu-nos à porta, porque em 2010 comecei o primeiro curso e também precisei de começar a usar cadeira de rodas e a primeira, foi emprestada pela Caritas. O ano passado, a Universidade Católica do Porto fez uma parceria com a Caritas e então conheci a Tânia, trato-a por tu pois a diferença de idades são dois anos e, ela é enfermeira e professora. Vem sempre com duas meninas estagiárias. O ano passado foi a Inês e a outra menina não lembro o nome, desculpa. Depois foi a Márcia que é da minha zona por isso cruzámo-nos e, a Margarida é mais difícil pois ela é de Aveiro, salvo o erro. E agora, a Carolina que é de Vila do Conde, mais fácil de ver até porque a madrinha mora perto. E a Rebeca, também é fácil, pois é do Porto.

Este post primeiramente é para agradecer à dr.ª Mónica, à Tânia e a toda a equipa da Caritas que tanto têm feito pela minha família e grande parte do enxoval do meu filho foi graças a elas. Por isso o meu muito obrigada! Todas vocês já têm um lugar no céu, só pelo bem que fazem a todas as famílias. Mas, também, é para despedir da Carolina e da Rebeca. Não propriamente despedir, vão continuar a fazer parte das nossas vidas, mas o estágio conosco chegou ao fim. Um obrigada pelas experiências, como a ida à praia, ao Wow e as sessões fotográficas. Um obrigada pela paciência na realização de postais e tudo o que fizemos para o Natal. A ambas, desejo muito sucesso profissional, muita saúde, paz, prosperidade, bênçãos e muito amor. Obrigada por tudo! E podem sempre contar connosco.


 


Na primeira foto, a Rebeca e na segunda, a Carolina, quan do fomos ao Wow a 30 de novembro. Por lapso na altura não carregou a foto com a Rebeca. Então ficam hoje.

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