Recomeçar

Recomeçar e voltar a começar é ok. O mal nisso seria desisrir de vez,  porque o diabinbo que temos em nós diz que  não somos capazes. Não julgo ninguém por ser gordo ou magro. Mas eu sou gordinha e não sou feliz quando me vejo ao espelho. Além de infeliz, tenho muita vergonha. Sinto-me perdida, presa num corpo que não é o meu! Cresci num corpo invejado por muitas mulheres, num corpo bonito elogiado pelos homens. Não sei bem como, talvez pelo desgosto de ter pouca saúde e misturado com mutas decepções, refugiei-me na comida. Passei a amar comida e a amar comer. Compensar com comida tudo o que de mau tinha na  vida. Por muitas vezes tentei parar, mas não consegui. Já não fazia diferença continuar viva quando tudo era mau. Pensava para quê? No outro mundo não há esta comida, se é que há comida. Por isso, vou desfrutar enquanto estou aqui, quando morrer vou deitada!

Todas costumamos dizer, ser mãe muda-nos e eu não sou exceção. Se até ele nascer, não fazia sentido importar-me de verdade com o meu corpo,com o que vestia, com o meu bem-estar e saúde, hoje passou a ser algo fundamental. O meu filho é a razão de eu querer continuar viva e para isso, preciso melhorar, ter uma vida mais saudável, mais enérgica. Não faço ideia se amanhã Deus me vai  dar o milagre de me curar, espero que sim, mas se não, é uma missão para prolongar a minha estadia junto do meu filho. É por mim, mas a minha motivação é o meu filho. Voltei, na segunda-feira passada, à dieta da minha nutricionista.. Com algumas mudanças minhas, mas depois falo sobre elas. Mas o objetivo agora, é perder agora algum peso para o batizado do Francisco.